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É preciso inovar! Como e até que ponto a Igreja pode abrir-se à tecnologia?

26.04.2023 | 5 minutos de leitura
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É preciso inovar! Como e até que ponto a Igreja pode abrir-se à tecnologia?

A tecnologia deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade.


A tecnologia está mudando a nossa maneira de viver. Ela diminui distâncias, promove trabalhos on-line, facilita tarefas cotidianas (como fazer compras ou pagar contas), e nos proporciona até carros que dirigem sozinhos e assistentes de voz virtuais. A tecnologia se tornou uma grande necessidade e está presente mais do que imaginamos na rotina das pessoas e das instituições. 


“A inovação digital incide em nossa maneira de entender o mundo e também a nós mesmos. Está cada vez mais presente nas atividades e decisões humanas, e está mudando o nosso modo de pensar e agir.” Papa Francisco

A Igreja não está de fora do mundo digital e têm buscado, cada vez mais, a necessidade de investir em ferramentas e plataformas para interagir e aproximar os fiéis, a fim de contribuir na gestão eclesial, potencializar a comunicação e, claro, levar a Palavra de Deus a muito mais pessoas. 

Refletindo sobre como a Igreja pode se beneficiar com o bom uso da tecnologia, separamos quatro utilidades importantes para inserir no dia a dia pastoral. Confira!


Comunicação
A força vital da Igreja e a base da sua missão estão na comunicação. A tecnologia ajuda a aprimorar qualquer forma de transmissão de mensagens, conteúdos ou informações para outras pessoas, facilitando a comunicação de longa distância, como a comunicação de massa.


Em um mundo onde as pessoas estão, a todo momento, com seus celulares à mão, a comunicação eletrônica é, sem dúvida, um instrumento essencial para a comunicação pastoral. Outro ponto é proporcionar melhor qualidade e interação como instituição. Um instrumento tecnológico essencial é o aplicativo para a igreja, sendo possível ampliar a qualidade do pastoreio, engajar os membros e expandir o alcance da igreja.


Interatividade
Atualmente, a partir da internet, surgiram inúmeras maneiras da Igreja evangelizar. É possível transmitir o Evangelho em diversas formas e canais: e-mail, blogs, sites, redes sociais, aplicativos, vídeos e até serviços de stream e podcasts.


A Igreja pode se beneficiar da interatividade e do engajamento, que são características fortes das novas tecnologias. Através delas, as igrejas podem oferecer uma experiência multissensorial, mesmo quando as pessoas não estão presentes fisicamente. A partir de vídeos, áudios, imagens e palavras, o conteúdo pode ser apresentado de maneira diferenciada, ampla e versátil.


Crescimento
É importante compreender que crescimento não é apenas número, mas desenvolvimento na fé. Com a capacidade de conectar e construir relacionamentos, as igrejas que recorrem à tecnologia têm maior visibilidade, ganham mais apelo com os fiéis, principalmente os mais jovens. Assim, alcançam também um público mais amplo e diversificado ao compartilhar os ensinamentos de Jesus.


Uma igreja que investe no universo digital leva a Palavra até as pessoas, e não espera que elas venham ao seu encontro. Realizar eventos on-line é uma boa iniciativa para alavancar o crescimento da congregação, além de aproximar a igreja dos membros e da comunidade. Para tanto, a igreja pode usar uma plataforma de gestão de eventos, que gerencia todas as etapas do acontecimento.


Eficiência
Uma das maiores vantagens da tecnologia é a sua capacidade de otimizar e agilizar a execução de atividades. À medida que a igreja cresce, a liderança precisa de ajuda para gerenciar as equipes, finanças, eventos, cursos e serviços. Uma boa opção é uma plataforma de gestão, que automatiza os processos, inclusive os administrativos e financeiros, de forma segura e eficiente, economizando tempo de pastores e líderes.


A modernização das igrejas é um processo natural e gradativo. A automatização de processos pode simplificar o trabalho dos líderes, favorecendo a estabilidade da igreja. A tecnologia auxilia ainda no gerenciamento de tarefas, proporcionando resultados com excelência.

(Fonte: comunhao.com.br)

Mas até que ponto a Igreja pode e deve abrir-se à tecnologia? 

Em nota oficial, o Vaticano fez algumas recomendações aos líderes da Igreja, pais, jovens e a todos os cristãos sobre o uso da tecnologia e a internet:

“É inclusivamente importante que as pessoas, a todos os níveis da Igreja, lancem mão da Internet de maneira criativa, para assumirem as responsabilidades que lhes cabem e para ajudarem a Igreja a cumprir a sua missão.” 


Em reunião com integrantes da Pontifícia Academia para a Vida, o líder da Igreja Católica comentou que as redes sociais não podem substituir a esfera pessoal. "Tecnologia não pode substituir contato humano", diz Papa Francisco.


Inteligência Artificial dentro da Igreja


Padre Paolo Benanti, monge franciscano de 48 anos, principal conselheiro do Papa Francisco sobre tecnologia e ética, declarou como a inteligência artificial pode ser injusta e perigosa para a paz e o bem social. “A ideia de que, se transformarmos seres humanos em dados, os humanos podem ser processados ou descartados, é algo que realmente toca a sensibilidade do Papa.”


Padre Paolo Benanti é também engenheiro com PhD em ética para tecnologias de melhoria humana, concedido pela Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos. 


Para ele, dados devem servir apenas como uma referência para lidar com a realidade e jamais para substituí-la. Ele se mostra receoso sobre a possibilidade de máquinas com esse recurso substituírem humanos em funções chaves, como cuidados de saúde.


“É impensável que máquinas de IA vão fazer escolhas sem erros. Elas sempre serão integralmente falíveis”, finalizou.

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