O inbound marketing na evangelização

23.02.2018 | 5 minutos de leitura

Marketing

É fato que a Igreja busca, por sua essência, alternativas para ampliar a participação do povo na vida cristã. Também, é verdade que, cada vez mais, tem se esforçado para abrir suas portas no ambiente digital, com o objetivo de fortalecer a cultura do encontro. Por isso, se acentua a necessidade de oferecer conteúdo, serviços, atendimento, materiais e informações com qualidade, capazes de atrair aqueles que navegam na Internet procurando respostas, caminhos e meios para integrar a vida da Igreja.

Um processo capaz de otimizar essa atração, que apresente um planejamento claro, por meio do qual seja possível traçar objetivos e metas, mensurar e analisar os resultados, além de aprofundar os temas relacionados à vida cristã, favorecendo a integração dos fiéis, a partir do uso da tecnologia, se apropriando das ferramentas em favor da evangelização... Sua instituição precisa disso?  

“Marketing de entrada”, “marketing de atração”, “novo marketing”, “marketing que as pessoas amam” e tantas outras traduções e definições que forem possíveis: o inbound marketing é o novo hit para embalar o sucesso de uma organização, seja ela uma diocese, paróquia, santuário, congregação, organismo, movimento, serviço ou empresa. 

O que é inbound marketing?

Não tão novo assim, o conceito de Inbound Marketing surgiu oficialmente nos Estados Unidos e começou a se popularizar a partir de 2009, após o lançamento do livro “Inbound Marketing: seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs”, de Brian Halligan e Dharmesh Shah. Desde então, a cada dia mais empresas de diferentes segmentos e portes têm aderido ao método a fim de potencializar sua presença digital, conquistando um potencial público cada vez mais engajado em suas propostas.

A estratégia inovadora rompe com os antigos conceitos de oferecer serviços para o público em geral, ao contrário, se baseia em ganhar o interesse das pessoas e fazer com que elas, ao procurarem o que precisam, encontrem a sua organização como a “solução para os seus problemas”, por meio de um planejamento focado no público-alvo, reunindo as melhores ações de marketing para atrair as pessoas certas.

A evangelização e os processos de inbound marketing

Mais do que colar cartazes, distribuir panfletos, publicar fotos, vídeos e mensagens do dia, as redes oficiais de uma comunidade cristã precisam de um planejamento de conteúdo que possa atrair as pessoas para além de sua conexão virtual, que realmente instigue a vivência da fé, por isso, o marketing de conteúdo tem se tornado tão eficaz nas estratégias de comunicação das instituições religiosas. Ele trata das dúvidas, curiosidades, necessidades que as pessoas apresentam, aquilo que elas recorrem ao Google para descobrir. Se em uma dessas buscas, uma pessoa chega à página da sua diocese ou paróquia, o que ela encontrará por lá?

 

Grandes e pequenas empresas, dos mais variados segmentos, têm se concentrado na criação e compartilhamento de conteúdo de qualidade para trazer as pessoas para a sua organização, alinhando os temas aos interesses do seu público-alvo.

A metodologia do inbound marketing combina a criação de conteúdo com automação de marketing, organizada em cinco ações:

- Tráfego: atrair o tráfego de visitantes; 

- Leads: converter visitantes em leads (contatos);

- Nutrição: relacionar-se com os leads por meio de conteúdos específicos;

- Oportunidades: encantar os leads para que se tornem membros da sua instituição;

- Relatórios: analisar e otimizar as estratégias de evangelização.

Enquanto a pessoa navega pela internet, pode se interessar por uma oferta de conteúdo da sua comunidade. Ou quando ela busca uma informação em alguma rede, encontra o perfil da sua instituição. Por meio de um benefício, como, por exemplo: para baixar um e-book, um infográfico, apresentação, arquivo, ferramenta, ela pode fornecer seus dados: a pessoa disponibiliza nome, e-mail, número de Whats App, entre outros; e a partir daí se inicia um relacionamento que será nutrido por conteúdos relacionados, os quais gerarão oportunidades de fortalecer o vínculo, a fim de conquistar e trazer a pessoa para a sua instituição, evento, encontro, etc. 

Um marketing digital bem planejado e bem executado pode ser uma importante ferramenta de evangelização, aproximando as pessoas da Igreja e levando a mensagem do Evangelho para aqueles que ainda não a conhecem.

As pessoas querem informação, mas não gostam de ser interrompidas. Por isso, estratégias de oferecer conteúdo precisam ser pensadas para atrair o público. Assim, todas essas etapas são feitas por meio de ações e técnicas integradas (blog, mídias sociais, google analytics, SEO, e-mail marketing, landing pages, etc), que são monitoradas por uma ferramenta, pelo meio da qual é possível mensurar e analisar os resultados, para que as práticas sejam aprimoradas continuamente.

Fazendo inbound marketing

O planejamento de inbound marketing é pautado nos objetivos de cada instituição. Para uma paróquia que busca o crescimento Dízimo, por exemplo, é possível ter um planejamento estratégico que apresente conteúdos para atrair adeptos.

Será possível falar sobre família, relacionamentos, gestão familiar, vida profissional, lazer, vocação, vida de oração, devoção a santos da Igreja, solenidades e festas litúrgicas, sacramentos, entre outros, tudo isso de forma atrativa. Ao longo do tempo, a pessoa que vai acompanhando o blog da comunidade será impactada com materiais mais específicos: “5 motivos para você contribuir com o Dízimo na sua paróquia”; “Dízimo: o milagre da partilha”; “Frutos do Dízimo: veja a sua aplicação em nossa paróquia” e outras maneiras de despertar a atenção do público para o objetivo.

Ainda, será possível ofertar um material que trate de algum dos temas relacionados para captar contatos, por meio dos quais serão enviadas campanhas, a partir de estratégias que serão estabelecidas conforme os objetivos e metas.     

Todo esse processo tem um potencial evangelizador incrível, pois abre um imenso leque de possibilidades para intensificar o relacionamento entre os paroquianos e aumentar o número de adeptos às propostas paroquiais, seja dentre os que já participam ou aqueles que serão impactados e conquistados para a comunidade cristã.

E aí, sua instituição precisa disso?